quarta-feira, 30 de março de 2011

Nos Tempos do Vinil

Saindo um pouco do tema TCC (ou não), compartilho aqui as notinhas que saíram na ZH sobre o evento, que apesar de pequenas estão ajudando bastante.


ZH, 07/03/2011

ZH, 26/03/2011

Tá, a criatura que scaneou não dominava muito bem o equipamento...mas acho que dá para ler...

[modo revolt on]
Fora isso acho importante registrar, talvez mais como nota mental do que como qualquer outra coisa, o quanto o meio acadêmico pode ser mesquinho...não que eu já não soubesse, mas ainda me impressiono.
[modo revolt off]

terça-feira, 29 de março de 2011

Agenda

Após a primeira avaliação da minha orientadora, professora Jeniffer Cuty, consegui controlar meu ataque de pessimismo.
Muito trabalho ainda pela frente, a profa. Jeniffer me indicou uma nova leitura sobre etnografia, do James Clifford, preciso aprimorar minha escrita etnográfica, a dificuldade é pegar o ponto.

Vamos à agenda:

31/03 - entrevista DJ Anderson (colecionador)
02/04 - entrevista na Livraria do Trem, São Leopoldo (comerciante)
04/04 - entrevista Fundarte, Montenegro (documentalista)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Seguimos...

Transcrição da Ionice (documentalista) concluída: http://pt.scribd.com/doc/51563930/Transcricao-Ionice

Semana que vem está agendada a entrevista com o Dj Anderson, conhecido por trabalhar com discotecagem em vinil e ter feito parte da banda gaúcha Ultramen, que nunca deixou de lançar trabalhos em vinil. Colecionador apaixonado, fez do vinil um instrumento de trabalho.

Nada a ver, mas tudo a ver com o assunto, estréia hoje no CineBancários o filme A Casa Elétrica, do diretor Gustavo Fogaça (Guffo). Esperado por muitos, conta a história da Casa Eléctrica de forma romanceada, pelos promos que vi me pareceu muito bom. Quem perder a sessão comentada de hoje, ainda terá outra no Santander dia 27/03, e se tudo der certo, outra sessão durante o evento Nos Tempos do Vinil, da DPNH.

quinta-feira, 24 de março de 2011

A escolha do orientador

Matrícula do TCC feita, agora de uma forma ou outra é preciso terminar...aproveito para compartilhar um texto enviado pela colega Silvia, que por sinal desistiu de fazer o TCC neste semestre.


Quem apoia a sua tese???

Dino Mocsányi
http://www.consultores.com.br/artigos.asp?cod_artigo=333
Num dia lindo e ensolarado o coelho (com jeitão de consultor) saiu de sua toca com o "notebook" e pôs-se a trabalhar, bem concentrado.
 
Pouco depois passou por ali uma raposa, e viu aquele suculento coelhinho tão distraído, que chegou a salivar. No entanto, ela ficou intrigada com a atividade do coelho-consultor e aproximou-se, curiosa:
 
- Coelhinho, o que você está fazendo aí, tão concentrado?
- Estou redigindo a minha tese de doutorado, disse o coelho-consultor, sem tirar os olhos do trabalho.
- Hummmm... E qual é o tema da sua tese?
- Ah, é uma teoria provando que os coelhos-consultores são os verdadeiros predadores naturais das raposas.
 
A raposa ficou indignada:
 
- Ora! Isso é ridículo! Nós é que somos os predadores dos coelho-consultores!
- Absolutamente! Venha comigo à minha toca que eu te mostro minha prova experimental.
 
O coelho-consultor e a raposa entram na toca. Poucos instantes depois se ouvem alguns ruídos indecifráveis, alguns poucos grunhidos e depois... Silêncio. Em seguida, o coelho-consultor volta sozinho, e mais uma vez retoma aos trabalhos de sua tese, como se nada tivesse acontecido. Meia hora depois passa um lobo.
 
Ao ver o apetitoso coelhinho tão distraído, agradece mentalmente à cadeia alimentar por estar com o seu jantar garantido. No entanto, o lobo também acha muito curioso um coelho-consultor trabalhando naquela concentração toda e resolve então saber do que se trata aquilo tudo, antes de devorar o coelhinho:
 
- Olá, jovem coelhinho. O que o faz trabalhar tão arduamente?
- Minha tese de doutorado, seu lobo. É uma teoria que venho desenvolvendo há algum tempo e que prova que nós, coelhoe-consultores, somos os grandes predadores naturais de vários animais carnívoros, inclusive dos lobos.
 
O lobo não se conteve com a petulância do coelho-consultor:
 
- Ah! Ah! Apetitoso coelhinho! Isto é um despropósito. Nós, os lobos, é que somos os genuínos predadores naturais dos coelho-consultores. Aliás, chega de conversa...
- Desculpe-me, mas se você quiser, eu posso apresentar a minha prova experimental. Você gostaria de acompanhar-me a minha toca?
 
O lobo não consegue acreditar na sua boa sorte. Ambos desaparecem toca adentro. Alguns instantes depois se ouvem uivos desesperados, ruídos de mastigação e... Silêncio. Mais uma vez o coelho-consultor retorna sozinho, impassível e volta ao trabalho de redação da sua tese, como se nada tivesse acontecido.
 
Dentro da toca do coelho-consultor vê-se uma enorme pilha de ossos ensangüentados e pelancas de diversas ex-raposas e, ao lado desta, outra pilha ainda maior de ossos e restos mortais daquilo que um dia foram lobos. Ao centro das duas pilhas de ossos, um enorme LEÃO, satisfeito, bem alimentado, palitando os dentes.
 
MORAL DA HISTÓRIA
 
1. Não importa quão absurdo seja o tema de sua tese;
2. Não importa se você não tem o mínimo fundamento científico;
3. Não importa se os seus experimentos nunca cheguem a provar sua teoria;
4. Não importa nem mesmo se suas idéias vão contra o mais óbvio dos conceitos lógicos;
5. O que importa é: QUEM ESTÁ APOIANDO SUA TESE...

quarta-feira, 23 de março de 2011

Acervos no RS - levantamento preliminar

Seguindo a pesquisa, fiz um levantamento de alguns acervos de discos no RS, mais do que eu imaginava, mas com certeza não é a contagem final.



Discoteca Pública Natho Henn
Porto Alegre
Museu de Comunicação José Hipólito da Costa
Porto Alegre
Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore
Porto Alegre
Museu Joaquim Francisco do Livramento
Porto Alegre
Museu dos Capuchinhos
Caxias do Sul
Fundarte
Montenegro
Museu Rodolfo Martensen
Rio Grande
Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi
Flores da Cunha
Museu Diretor Pestana
Ijuí

Fora estes, ainda existem alguns acervos em fase de processamento, como o do Museu Municipal de Caxias do Sul, da FAPA e do Museu de Venâncio Aires. Evidente que não serão todos os acervos registrados na pesquisa, mas achei que seria válido fazer a pesquisa para ter uma noção. 

terça-feira, 22 de março de 2011

Transcrições: a missão.

No que diz respeito as tanscrições, só acrescento que é de fato uma pena não poder transcrever a expressão do informante. Compartilho aqui a transcrição do Tiago Ramalho, comerciante de discos: http://pt.scribd.com/doc/51333514/Trancricao-Tiago-Ramalho

No mais, queria aproveitar para divulgar o concurso fotográfico Coleção em Retratos, que vai selecionar fotos a serem expostas no saguão da Casa de Cultura Mário Quintana, durante o evento Nos Tempos do Vinil. http://pt.scribd.com/doc/51307786/Edital-Concurso-Fotografico-Discoteca-Publica-Natho-Henn

Ah sim, hoje descobri mais um acervo, na cidade de Montenegro - RS, no Fundarte. Estimativa de 5.000 discos...promissor...

sexta-feira, 18 de março de 2011

Concessão de uso da imagem

No meio desse processo de filmar depoimento dos informantes e utilizar estes depoimentos, é importante ter uma atenção especial no que diz respeito a autorização de uso da imagem. Um instrumento simples, que nos dá certa garantia e pode evitar problemas futuros.

Olhando modelos sugeridos por minha orientadora, juntamente com outros modelos coletados com outros pesquisadores cheguei ao seguinte modelo: http://pt.scribd.com/doc/51080795/USO-DA-IMAGEM

Aproveito para compartilhar mais uma foto que fiz na Feira do Mercado, na verdade ficou uma porcaria (muita luz), mas só para ilustrar o "garimpo" de alguns colecionadores.

Feira do Mercado

quinta-feira, 17 de março de 2011

Trancrições

Depois de fazer as entrevistas, ou melhor, após coletar os depoimentos, é preciso transcrever o que foi dito, seja em vídeo ou mp3.
Não imaginava que essa tarefa pudesse ser tão desgastante e tão demorada, por um lado é interessante, porque apesar de nós estarmos presentes no momento que aquilo foi dito, escutando com calma é impressionante a nova visão que a gente pode ter.
No meu caso, são vídeos, então é preciso assistir o vídeo-pausar-escrever-assistir-pausar-escrever...é impressionante, ver a expressão da pessoa quando abordamos determinado assunto. A alegria, o descontentamento, a surpresa, o desconforto....são coisas que ficam mais claras junto com a imagem.

Para arquivos em mp3, a professora Jeniffer (orientadora), indicou o seguinte programa:
http://thedealwith.blogspot.com/2008/05/transcricao-de-entrevistas-em-mp3-ate-5.html

Me parece bom, fica a dica.

Saiu hoje o cronograma do TCC...fazendo as contas, se eu dormir 4h por dia, almoçar lanches e não abrir mais meu e-mail talvez eu consiga fazer o trabalho da forma como eu planejei. Certo...exageros à parte, vai ser apertado.

Mas mudando de assunto (ou não), a Discoteca Pública Natho Henn está organizando para abril o evento Nos Tempos do Vinil, que vai reunir de 16 a 20 de abril vários seguimentos ligados ao suporte: colecionadores, pesquisadores, comerciantes, músicos.. encerro aqui com a arte que o cartunista Augusto Bier, diretor do Museu Hipólito José da Costa fez para o evento.


quarta-feira, 16 de março de 2011

Início das gravações

Entrevista com o comerciante Thiago, na feira do Mercado.
Comecei ontem a gravar as entrevistas não diretivas, primeiro foi com o Thiago Ramalho, comerciante há mais de vinte anos e um dos organizadores de Feira de Vinil do Mercado. Hoje foi a vez de ouvir a bibliotecária Ionice de Oliveira, que trabalhou com o acervo da Discoteca Pública Natho Henn (DPNH) por mais de uma década.


Conheci o Thiago por acaso, passando pelo mercadão tentei uma aproximação, no mês de janeiro. Falei da ideia de pesquisa, falei do projeto de feira da DPNH e não precisou mais do que isso. Tudo que envolve o vinil, fascina o Thiago.





Trocando ideias com o Thiago e o Totonho, outro comerciante da feira.

Entrevista com a bibliotecária Ionice, no acervo da DPNH.





Já a Ionice viveu os anos de ouro da DPNH, é uma fonte preciosa de informações, testemunha viva, que acompanhou de perto o auge e a decadência do suporte e hoje em dia se entusiasma com a perspectiva da revalorização do disco.

As entrevistas começaram produtivas, o processo vai ficando mais natural. Comecei com certa desconfiança a fazer a etnografia, hoje em dia já acredito que se não fosse exatamente as experiências que estes sujeitos tem para compartilhar eu não teria nada a escrever.

 “fazemos apelo aos testemunhos para fortalecer ou debilitar, mas também para completar, o que sabemos de um evento do qual já estamos informados de alguma forma, embora muitas circunstâncias nos permaneçam obscuras.” (Halbwachs, 1950).

terça-feira, 15 de março de 2011

Abrindo os trabalhos...

Bom, essa é a "primeira faixa" deste blog! uhuuu!

Pretendo postar aqui o processo de construção do meu trabalho de conclusão do curso de Biblioteconomia da UFRGS. Segundo a minha orientadora (Jeniffer Cuty), manter diários e observações do que está sendo feito e observado ajuda na composição da etnografia, que foi a metodologia escolhida para desenvolver o TCC...

Talvez seja interessante falar sobre o que afinal vou pesquisar e escrever. O título do trabalho é Vinil em Rede: estudo etnográfico sobre a cultura do suporte no Rio Grande do Sul. Eu sei, eu sei...o nome é grande e não dá para entender nada, mas espero que no final das contas, depois de concluído, as pessoas entendam.

Vou sair Rio Grande afora, conhecendo e coletando depoimentos de pessoas ligadas ao vinil: comerciantes, colecionadores, pesquisadores e documentalistas. Isso se faz através de um estudo etnográfico, mas depois eu posto alguma coisa sobre etnografia aqui para esclarecer e tal.